quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sempre foi uma jóia bruta

Faltava apenas "lapidar"

A maior atração do último domingo, na Gávea, foi a Prova Especial Mário Jorge de Carvalho, em 1.600 metros, grama pesada, para éguas. Mais uma justa homenagem do Jockey Club Brasileiro a uma figura marcante de sua história. No campo reduzido, boas corredoras que até o momento tinham campanha bem aceitável, mas nada muito significativo. Desde quando começou a correr, sempre ouvi de comentaristas que Lapidar era tida em altíssima conta. Jóqueis que a trabalhavam afirmavam, categoricamente, que se tratava de uma corredora de primeira. Bem, na prova do último domingo, ao obter a quarta vitória em 12 apresentações, a filha de Mastro Lorenzo mostrou incrível superioridade e venceu a puro galope. Tomara que daqui para frente confirme tudo que dela se esperava, desde o começo. Parabéns ao Marquinhos pela apresentação. Tiago não teve trabalho e deu direção muito tranquila.

A atropelada fulminante de Hurry You

No sábado tivemos a Prova Especial Pico Central, em 1.200 metros, areia. Homenagem a um dos cavalos mais espetaculares que vi correr em meus quase 40 anos acompanhando carreiras. Entrou na história do turfe carioca ao vencer os GPs Major Suckow e Estado do Rio de Janeiro. Nos Estados Unidos, arrebentou ao ganhar nas distâncias onde eles mandam e desmandam. Enfim, conhecido o campo, só se comentava uma coisa. Se Pt valentine poderia dar 10 quilos de vantagem a Senhor Speed. Pra todo mundo o páreo se resumiria num mano a mano entre os dois. Só esqueceram de avisar ao Hurry You, que corrido com muita calma, atropelou como um bólido (isso é bonito) e venceu com firmeza. Mais um ponto clássico para o Stud Alvarenga e para "seu" Morales, que voltou a frequentar um lugar que conhece como poucos, o pódio.

Frases que merecem ser lidas

Neste espaço matungo-cultural, mais uma frase que merece destaque:

"A inteligência é a insolência educada". (Aristóteles)

Rapidinhas

Rio de Janeiro e frio não conbinam. É como água e óleo. O tempo anda louco no mundo inteiro e no Brasil a coisa ainda está pior. Frio em alguns estados e seca e queimada em outros. E dizem que vai piorar. E o que isso tem a ver com turfe?

O frio derrubou o craque Dalto Duarte, que pegou uma gripe braba e não montou nas últimas reuniões. Outros profissionais também ficaram meio prejudicados. Montar com frio e chuva ninguém merece.

Na última sexta-feira, antes do último páreo, recebi na cabine a visita de meu amigo Silvio Bernardo Filho. Como não o via há alguns anos, quase não o reconheci. Mais magro, Silvinho esteve no Rio viabilizando a transferência para o turfe carioca. De lambuja, reforçou seu Stud NFB comprando Monday Blues no claiming. Toda sorte do mundo ao ótimo treinador.

Karol Loureiro entusiasmada nos Estados Unidos. Está encantada com Lexington, a terra do cavalo. Recepcionada por Priscila Beloch, a editora da Revista Turf Brasil anda percorrendo hipódromos e centros de treinamento.

Começou a Tríplice Coroa de potrancas em Cidade Jardim e para a alegria incontrolada do amigo Ika, a candidata ao título é filha da sua Miss Kin, que nas pistas brilhou com sua farda.

O grande Chico Anysio esteve internado mas já foi pra casa, segundo informa Nizo Neto, seu filho e meu amigo. Ao Chico, tudo de bom e uma recuperação ainda maior.

Os times do Rio de Janeiro estão fazendo bonito no Brasileirão. Os tricolores estão rindo de desastre aéreo. Se o Flamengo melhorar seu "ataque de nervos" pode fazer melhor.

O MATUNGÃO VIBROU

Para os que ainda gostam de ver uma disputa empolgante, um pega entre dois jóqueis de alto nível, esta semana foi um prato cheio, pois tivemos chegadas espetaculares, com vitórias por diferença mínima e atuações brilhantes dos pilotos. Uma que me empolgou bastante foi na corrida de domingo, entre Marcelo Cardoso e Luiz Duarte, numa prova comum. Jolie Chris e Noiva Graciosa se "pegaram" no meio da reta e com seus jóqueis dando aula de como tocar e bater, cruzaram o disco de galões trocados. Na foto, vantagem mínima para Marcelo. Show de bola, como diria Celson Afonso...

O MATUNGÃO COM SAUDADE

Essa semana foi lembrado um dos gênios da crônica, da música e do humor. Haroldo Barbosa foi um ídolo para muita gente e, particularmente, tive orgulho de trabalhar com ele, no Globo. Muitas vezes fui ao Leblon buscar sua coluna "O Pangaré", que escrevia em casa e mandava pro jornal. No turfe não deixava passar nada, com humor apurado transformava um notícia sem grande importância no assunto do dia. Quando, em 1984, no Jornal O Povo, criei o Matungão, foi uma singela homenagem para aquele que foi um exemplo pra mim e sempre me incentivou na profissão. Saudade...Chega!

As fotos que constam do blog são de autoria de Gerson Martins, Davi Oliveira e colhidas na internet.

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