quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Essa corre de verdade

E também não escolhe pista

Nos últimos tempos, mais precisamente na última década, ver um corredor de categoria em campanha na Gávea ou em Cidade Jardim, limitou-se apenas às primeiras apresentações. Depois disso, só pela televisão ou pela telinha do computador. Pelos motivos que todos nós estamos cansados de saber, os corredores de exceção deixam as terras que Cabral descobriu (por acaso ou não) muito cedo. Ou negociados ou para defender as cores de seus donos tupiniquins. No último domingo vi correr um animal dentro destes padrões e torço para que, pelo menos por algum espaço de tempo, permaneça por perto, para nos brindar com seu galope frondoso e frenético. Refiro-me à égua Yeza Di Job (Job Di Caroline e Forever Darling), criação e propriedade do tradicionalíssimo Haras Curitibano. Deu um show ao vencer a Prova Especial Fernando Ramos Lemgruber, conquistando a quarta vitória em cinco apresentações. Literalmente largou e acabou, contando com bela direção de Gugu, que habilmente evitou um possível acidente, cuidando de Ready For Action, que invadiu a pista vindo da variante. Os que degustam com os olhos um corredor de primeira, como se fosse um vinho de boa safra, torcem para que Raul Trombini mantenha sua craque por mais algum tempo em nosso país.

Parar o “velhinho” só na base do chega pra lá.

Na Prova Especial Talvez, atração de sábado, na Gávea, o que se viu foi mais uma demonstração de categoria do cavalo Light of Loose, que continua correndo muito, aos 7 anos de idade. Desta vez pegou pela frente um potro de 3 anos, em grande evolução e tinindo. Lançado por dentro de Gran Roberti, que liderou a prova desde a largada, o “vovô” deixou clara a impressão de que passaria, quando num movimento espontâneo, o adversário correu para dentro, literalmente, fechando a porta. No disco, Light of Loose foi segundo, mas era apenas uma questão de tempo a desclassificação de Gran Roberti. Resultado: a 22ª vitória deste cavalo fantástico. Mais uma vez, de parabéns o mestre João Coutinho Filho e toda equipe e extensivo aos titulares do Stud Amigos da Barra.

Três gerações reunidas e uma verdadeira festa em família.

Na programação da última sexta-feira, na Gávea, pudemos presenciar uma verdadeira festa em família, por sinal muito merecida, por tudo que este clã fez e continua fazendo pelo turfe. O jovem Gladston Júnior, filho de meu amigo “Gastão”, veio do Paraná com um time de bons corredores e marcou logo dois pontos, por intermédio de Ucraniano e Que Storm. Na prova final, foi a vez do tio, Anderson, mandar para o barbante o alazão Esculpido, que pegou parceria fraca e já corria empurrando os adversários. Foi emocionante ver nas fotos das vitórias as três gerações: Gladston (avô), Anderson e o jovem Gladston Júnior. Lá, em Curitiba, Gastão não deve ter conseguido conter as lágrimas. Depois da última sexta-feira, Magé não será mais a mesma. Parabéns!

Um impressionante zoológico.

O belo Hipódromo da Gávea, um dos mais bonitos do mundo, também está se tornando o paraíso dos animais. Além dos cavalos, é óbvio, temos uma quantidade impressionante de gatos, gambás e inúmeras famílias de Quero-Quero. E todos passeiam a vontade por todo espaço, inclusive na pista, durante os páreos. Não tenho absolutamente nada contra os animais, acho-os lindos e interessantes, mas tenho medo de que, a qualquer momento, possam causar um acidente de pista. Muitos ficam na raia até a aproximação dos cavalos correndo e saem em disparada quando percebem a “tropa” chegando. Numa dessas, não dá tempo e sei lá...tomara que nunca aconteça.

Frases que merecem ser lidas.

Continuando em nosso espaço matungo-cultural, vamos a mais uma frase que merece destaque:

“Ah, o amor... que nasce não sei onde, vem não sei como e dói não sei porque...” (Carlos Drummond de Andrade)

Rapidinhas

O tempo no Rio continua doido. Chove, faz calor, esfria, chove de novo e o resultado é que todos que conheço estão ou estiveram gripados. O pior é que com a gripe vem uma tosse de lascar e a garganta...vai para o brejo. Continuo rouco e fazendo todos os tipos de simpatias para melhorar. Pelo menos a voz está parecida com a do meu amigo Luiz Carlos, o popular “Voz de Trovão”.

Um grupo de amigos está se especializando em acertar o Open Betting. Fico feliz por eles uma vez que, são parceiros de primeira e a gente sempre torce pelos amigos. Agora, precisam dar um tempo na gritaria. Parecem hienas no cio...

Agora que descobriu o tal de Buddy Poke, ninguém segura mais o Júnior Pedersen. Já tem até dupla personalidade. Vá entender.

O Paulo Gama arrumou um apelido interessante para o Rodrigo Dias Lepre dos Santos: “Zé Ligeiro”. Gostei. A fase do pai da Laurinha é realmente muito boa.

Tenho muitos amigos lá no Sul e estou sempre mantendo contato com eles. Um forte abraço ao Xandy, ao Glaiton, ao Cleber, ao Jonathan, ao Piter, ao Fabrício, ao Matheus, enfim, a todos lá da terra do meu saudoso pai.

É muito boa a fase do Jaiminho Aragão, que aniversariou semana passada e conseguiu duas vitórias no dia. Seus corredores, sempre bem apresentados, têm vencido com freqüência.

Meu amigo Manolo Epenbaun sempre gentil, chegou de Buenos Aires me trazendo algumas publicações sobre o Derby Nacional. De um bom gosto impressionante. Dá até inveja...(da boa).

E seguimos com nossa campanha semanal. “Campos precisa seguir realizando corridas”. E precisa de patrocínio, também.

O MATUNGÃO VIBROU

Assisti a toda a programação do Dia de Reis, no Uruguai, pelo computador. A festa do GP Ramirez foi muito bem organizada e o Hipódromo de Maroñas estava completamente lotado. Queiram ou não, a recuperação de um turfe que estava abandonado com seu principal palco de corridas prestes a ser leiloado, recuperou-se graças a intervenção da Hípica Rioplatense, um fusão da Codere com outra empresa. Critiquem ou não as “maquininhas”, a grande realidade é que através delas, Maroñas e Palermo ressurgiram das cinzas, tal qual Fênix e estão brilhando na América do Sul.

O MATUNGÃO NA BRONCA

Volto a tocar num assunto que abordei há algum tempo atrás e que afligia parte dos turfistas que freqüentam a Tribuna Social da Gávea. À época, o problema foi resolvido, mas não passou muito tempo, voltou a acontecer. Apenas um guichê de apostas funciona antes do início das corridas e formam-se filas enormes. Os demais vendedores de pules só começam a trabalhar 15 minutos antes do primeiro páreo. Muita gente fica sem apostar. Sensibilidade é preciso, uma vez que é das apostas que vive o turfe e não dá para desprezar nem uma acumuladinha de 1 real. Bom senso minha gente...Chega!

As fotos que constam do blog são de autoria de Gerson Martins, Eduardo Garcez e colhidas na internet

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