No auge de seus 7 anos

Um cavalo que só dá alegria

Já gastei muitas linhas deste espaço versando sobre o cavalo Light Of Loose, e por mais que espere não me tornar repetitivo, fica difícil não voltar ao tema. No último sábado, montando pelo jóquei que mais vezes o levou ao Wiiner’s Circle, o cavalo do “seu” João deu um show. Rodrigo Dias Lepre dos Santos, numa “joqueada” que merece aplausos, assumiu a liderança da prova e os adversários ficaram meio perdidos, sem saber se acompanhavam o líder ou esperavam a reta para formar a dupla. E deu no que deu, a 21ª vitória deste excepcional cavalo, que aos 7 anos ainda transpira vitalidade de potro e passa por cima dos rivais sem tomar conhecimento deles. De parabéns os titulares do Stud Amigos da Barra, que acreditaram no potencial do cavalo, investiram em sua recuperação nas horas difíceis dos problemas físicos que apareceram. Méritos à toda equipe de João Coutinho Filho, um mestre na arte de treinar cavalos de corrida. E ao Rodrigo, parabéns pela genial direção.

Fica difícil saber até onde vai.

Quando uma semana depois de vencer um páreo de perdedores, Victor Paim inscreveu o alazão Jujuy numa prova especial, muitos questionaram a atitude do profissional. O cavalo correspondeu plenamente e para a surpresa geral, ganhou com autoridade. Na corrida seguinte, enfrentou páreo mais forte e, literalmente, “passou o rodo”. No último domingo, enfrentando pela primeira vez a distância de 2.400 metros, demonstrou incrível valentia e obteve a quarta vitória consecutiva. Pelo jeito, vai seguir vencendo e fica difícil saber até onde vai este filho de First American. Parabéns ao Victor e ao Stud São José dos Bastiões, que atravessa ótima fase no turfe carioca.

Dá gosto de ver a eterna paixão pelo turfe.

O que há de mais bonito no turfe, apesar de tudo, é a dedicação de alguns apaixonados turfistas, que se mantém como proprietários ao longo do tempo. Senhores que já passaram fácil dos 60 mas continuam tendo seus cavalinhos para torcer e vibrar. Gostaria de destacar dois, muito queridos e com uma legião de amigos e torcedores de suas fardas. Um deles é o Zé Maria, do Stud 30 de Junho, que adora comentar suas inscrições e os resultados dos defensores de sua blusa cinza. O outro é o Valdir, do Stud BRTV, que está sempre animado e esperançoso. Apesar da pouca renovação que existe no turfe, são pessoas assim que mantém a chama acesa.

Está chegando o GP Paraná que vai parar o país.

O Jockey Club do Paraná, que conseguiu superar uma imensa crise e está se reerguendo e que nem Phoenix, ressurgiu das cinzas, prepara uma grande festa para o dia 7 de dezembro no Hipódromo do Tarumã. O GP Paraná de 2008 será a única atividade turfística do país e deve contar com ótimos corredores, além da participação dos principais pilotos do Rio e de São Paulo. Sem dúvida, sucesso garantido e um movimento recorde de apostas. Ao presidente e sua diretoria, os votos de que esta festa entre para a história.

O que valeu mesmo foi o show.

Na última sexta-feira fui assistir a mais uma apresentação da fantástica Fátima Guedes. Aconteceu no “J Club” que fica dentro do Palácio Julieta Serpa, no Flamengo. O ambiente, pequeno, hiper fino e requintado, com garçons de paletó e gravata, anotando pedidos com um palm-top, meio que me assustou. Fui de jeans, camiseta e tênis e me senti meio mendigo no local. Rodeado de mesas com vinhos e champanhes finos, exibia minha Bohemia com certa timidez. Não conhecia o lugar e da próxima vez, não vou (mas se ela estiver lá, coloco meu smoking). O que valeu mesmo foi o show da incrível Fátima, que cantou sucessos como Absinto, Condenados, Lápis de Cor, Tanto Que Aprendi de Amor, Faca, além de algumas canções inéditas. Foi acompanhada no piano pelo talentosíssimo Itamar Assière. Fátima, desde Mais Uma Boca você derrama poesia em nossos corações. Beijo!

Frases que merecem ser lidas

Continuando em nosso espaço matungo-cultural, vamos a mais uma frase que merece destaque:

“O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que banca o inteligente”. (Confúcio)

Rapidinhas

Muito boas as reportagens sobre criação que têm sido veiculadas na revista Turf Brasil, de autoria da jornalista e fotógrafa Karol Loureiro, editora da publicação. As primeiras foram dos Haras São José da Serra e LLC. E vem mais por aí.

Foi reaberta, completamente reformada, a piscina para os cavalos, na Gávea. Ajuda providencial para corredores com problemas musculares e dodóis generalizados.

Dá gosto de ver a alegria do treinador José Queiroz quando conquista uma vitória. Jóquei de excepcionais recursos, com carreira vitoriosa, Queiroz ganhou com Tyane, no último sábado. Muito boa a direção do aprendiz Alex Rolemberg, que “matou” Carlos Lavor no último pulo. Aliás, no sábado, Lavor perdeu três páreos incríveis.

Meu amigo Sérgio Livramento tem o maior campo de criação imaginário do planeta. Como o Botafogo não lhe dá alegrias, ele a cada semana acrescenta reprodutoras ao seu “plantel”.

Por falar em futebol, assunto que há tempos não abordo neste espaço, gostaria de sugerir ao árbitro Carlos Simon que se aposente e vá comentar na televisão. Todos os clubes agradecerão...

Está bombando o festival de cinema ao ar livre que está acontecendo no Hipódromo da Gávea. Após as exibições, shows musicais e muita gente jovem presente. Que voltem para assistir as corridas.

E seguimos com nossa campanha semanal. “Campos precisa seguir realizando corridas”. E precisa de patrocínio, também.

O MATUNGÃO VIBROU

Muita gente ainda gosta de falar de “bairrismo” e coisas do gênero. Pois bem, com a interdição da pista de grama da Gávea, para reformas, muitos proprietários cariocas estão migrando para Cidade Jardim, mandando seus corredores para treinadores locais, ou inscrevendo em nome de seus profissionais do Rio. E todos, sem exceção, comentam que estão sendo muito bem recebidos e encontrando o clima mais cordial possível. Portanto, só resta mesmo vibrar com o que está acontecendo e torcer para esta integração Rio-São Paulo vá muito além da cordialidade.

O MATUNGÃO NA BRONCA

Não é bronca e sim uma grande tristeza pela perda de mais um brilhante militante da imprensa de turfe. Oscar John Griffiths da Silva marcou época no jornalismo especializado. Cronometrista de primeira ordem era sério, correto e não gostava de brincadeira na hora do trabalho. Mas fora dele era uma pessoa alegre, dócil e de bom humor. Uma grande perda, sem dúvida. Com o advento dos centros de treinamento, os melhores cavalos já não trabalhavam na Gávea e Oscarzinho, como eu o chamava, foi perdendo a empolgação. Descanse em paz meu amigo...Chega!

As fotos contidas no blog são de autoria de Gerson Martins, Eduardo Garcez e colhidas na internet.