quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Como corre este bicho

Desta vez vimos ao vivo e a cores

A definição de craque deve ser usada com todo cuidado. Durante um tempo, na própria mídia, a palavra ficou meio que banalizada e a culpa é nossa mesmo. No futebol acontece a mesma coisa. Basta um garoto qualquer fazer duas ou três firulas que todo mundo já diz que é craque. Calma aê! No último domingo eu vi, com meus próprios olhos, um craque correr. Com todo o respeito aos bons milheiros de areia do turfe carioca, o que Giruá fez com eles foi algo parecido com humilhação, sem desrespeito. O tordilho, que como diz Roger Pinheiro, é o orgulho do Nordeste, não tomou conhecimento de uma pista que não conhecia, uma raia encharcada e corredores do top de Ptgualocho e Blue Elf. Ganhou com João Moreira observando a reforma da pista de grama e segurando as rédeas para evitar um “acidente” qualquer. No disco, 96s80 na cara dos rivais. Por tudo isso, não reluto em afirmar, com todas as letras: “Esse é craque”.

Vitória em cânter e uma dobradinha merecida.

Abrindo a programação do último sábado, com apenas três competidores, e sem apostas, a Prova Especial José Bastos Padilha marcou um galope de saúde do Ligeti, com Marcelo Cardoso apenas acompanhando o galão. Mais uma vez, dobradinha do Haras Triubuto À Ópera, do apaixonado Eugenio Pacelli, desta vez com Leppard chegando na segunda colocação. Ponto clássico para o super campeão Dulcino Guignoni, que está procurando uma casa para alojar todos os troféus conquistados na profissão. Vitória merecida para a coleção de um criador e proprietário que busca a excelência na hora de criar seus corredores.

Uma direção de encher os olhos.

Ainda na corrida de sábado, na Gávea, foi disputado o Clásico Octavio Dupont, homenageando um dos mais notáveis veterinários do turfe brasileiro e internacional. Numa disputa emocionante e em direção absolutamente fantástica de Bruno Reis, a potranca Odisséia Espacial venceu no último pulo, derrotando uma valente e briosa Nozze Di Figaro, que quase deixa “azul” a tarde carioca. Conquista bonita do Stud Palura e apresentação de luxo de André Mion. Páreo bonito de assistir e ainda melhor, de transmitir.

Uma perda irreparável.

O turfe está de luto com a morte prematura do veterinário Marco Antônio Maia, profissional hiper competente e dedicado. Amigo de todos e com senso de humor como poucos, Marquinho nos deixou na última semana, aos 53 anos. Nos últimos anos trabalhava para o Stud Palura, mas durante a carreira serviu aos mais importantes criadores e proprietários cariocas, além de estar sempre auxiliando os treinadores e mesmo proprietários pequenos. Com o passar do tempo fica cada vez mais difícil digerir a perda de amigos. À família deixo minhas condolências e rogo preces para que, lá em cima, ele tenha muita paz e muita luz.

Contratação acertada.

Com a falta de Marquinho, o Stud Palura acaba de contratar os serviços de Adilson Menegolo, ou simplesmente, “Abençoado”, veterinário de larga experiência e competentíssimo. Aliado a tudo isso, uma simpatia incomum com eterna disposição de ajudar os amigos. Todo sucesso do mundo ao amigo de sempre. Tenho certeza que outras grandes conquistas irão para seu currículo.

Frases que merecem ser lidas

Continuando em nosso espaço matungo-cultural, vamos a mais uma frase que merece destaque:

“Não beba dirigindo. Você pode derrubar a cerveja”. (Popular)

Rapidinhas

Desde pequeno me acostumei a entrar no hipódromo e me deparar com o verde da pista de grama. É claro que a reforma tinha que ser feita, mas olhar aquele areão escuro dá uma sensação esquisita.

Um espetáculo a capa da revista Turf Brasil da última semana, com a vitória de Flymetothemoon. Desta vez Karol Loureiro caprichou mais ainda.

Toda publicação tem direito de resposta quando o personagem sente-se injustiçado. Portanto, venho apresentar a versão de Celson Afonso em relação à nota que publiquei semana passada. O tio e padrinho da Bia garante que o presente de aniversário foi muito além de um saquinho de balas. Está feita a justiça...

Aniversariou na última terça-feira a jornalista Nathalia Clark, que ano passado prestou serviços ao site JCB. Parabéns do matungo para a jovem e talentosa profissional.

Excelente participação da treinadora Juliana Dias no programa Turfe Espetacular nas duas edições do fim de semana passado. Comentários abalizados e indicações de primeira. Parabéns “Dona Ju”. Volte outras vezes.

E seguimos com nossa campanha semanal. “Campos precisa voltar a realizar corridas”. (E vai realizar este sábado, dia 25).

O MATUNGÃO VIBROU

Quero registrar neste espaço minha gratidão à égua Cascoxa, que comprei no dia 3 de julho, em leilão de treinamento, bem baratinho. Foram cinco corridas com a farda rubro-negra, transformadas em uma vitória, dois segundos e dois quintos lugares. No último domingo foi comprada no páreo de claiming. Ao novo proprietário desejo toda sorte do mundo e que outras vitórias aconteçam, de coração. Ao Junior Pedersen, obrigado pelo capricho no treinamento da “Cascoxita”, como passamos a chamá-la na cocheira.

O MATUNGÃO NA BRONCA

Minha saudosa e querida avó, sábia em suas palavras, costumava dizer que existiam aqueles “eternos insatisfeitos”. Havia reclamação geral sobre o estado da pista de grama, que muitas vezes “quebrou” corredores. Os recordes aconteciam pois a pista era um cimento. Buracos que lembravam as crateras da Lua e etc... Bem, chega um dirigente, manda examinar tudo e fica mais do que clara a necessidade de reforma imediata. Num ato de coragem, ante a previsão de uma corrida a menos e prejuízos possíveis, autoriza a reforma. Agora tem um monte de gente chiando...Chega!

As fotos publicadas no blog são de autoria de Gerson Martins, Eduardo Brigagão e colhidas nas internet

Um comentário:

Karol Loureiro disse...

Concordo com 99% da coluna, em especial quando se fala do craque GIRUÁ. Eita cavalo bom e educado, bichinho da peste (como fala uma nordestina como eu)... Pena que vai embora, clarear as pistas do exterior, como fez aqui em Fortaleza, em São Paulo e no último domingo, no Rio de Janeiro.
Só discordo da nota do Celso Afonso. Será que ele apelou para algum outro santo (ou santa) para presentear a afilhada?
Fui!